sexta-feira, 3 de maio de 2013

Felicidade é contagiosa


Mente e Cérebro mostra que a felicidade é “contagiosa” no mundo real e virtual.Pesquisa revela o quanto vale a pena prestar atenção se seus amigos são felizes e saudáveis, pois essas atitudes influenciam a sua vida.

Publicado por luxcuritiba
atras_felicidade1a_17111101659146Como são seus amigos? Engraçados, dormem pouco, praticam atividades físicas? A revista Mente e Cérebro, de dezembro, traz na matéria de capa um estudo que mostra que o bem-estar alheio tem profundo impacto na satisfação das pessoas, e o mais curioso: essa “transmissão emocional” pode ocorrer até pelas redes sociais.
Segundo a matéria, tanto a felicidade como comportamentos que fazem mal à saúde, como irritação e constantes lamentações, são como um surto de gripe, sendo transmissível e “contaminando” pessoas de até “três graus de separação”. O fato do amigo de um amigo seu ser uma pessoa alegre, bem-humorada e satisfeita com a própria vida aumenta em cerca de 6% as chances de que você seja uma pessoa feliz. Portanto, além de ter cuidados na escolha dos grupos com os quais se convive, também é importante lembrar que cada um é, de alguma forma, responsável sobre o bem-estar das pessoas com quem se mora, trabalha, estuda.
Em um dos experimentos, desenvolvido ao longo de 20 anos, os cientistas James Fowler, pesquisador da Faculdade de medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, e Nicholas Christakis, da Havard Medical Shool de Boston, EUA, fizeram a conexão de 53 mil ligações sociais entre cerca de 5 mil pessoas. As pessoas que faziam parte das redes sociais dos voluntários, também eram acompanhadas, o que permitiu aos estudiosos a “conexão dos pontos”.
O resultado disso foi que ter um parente de primeiro grau com alguma doença como diabetes, hipertensão, alterações no colesterol, é um fator de risco importante para o desenvolvimento do mesmo quadro não necessariamente em razão da genética, mas em grande parte por causa de hábitos em comum. Ou seja, os pesquisadores concluíram que assim como a saúde, a felicidade pode ser entendida como um fenômeno coletivo.

Felicidade mora ao lado, ou não!

Tanto a felicidade quanto a dependência de cigarro e a obesidade se espalham mais quando a proximidade é maior, de acordo com os pesquisadores. A matéria da Mente e Cérebro mostra que ter um vizinho de porta feliz – com quem nos relacionamos frequentemente – aumenta as chances de satisfação geral com a vida em 34%. Um irmão, amigo ou parceiro afetivo bem-humorado vivendo até 1,6% km de nós incrementa em até 25% nossa probabilidade de nos sentirmos satisfeitos. Se a distância diminuir, melhor: ter uma pessoa querida de bem com a vida num perímetro de até 800 metros favorece em 42% o índice pessoal de satisfação.

Mídias sociais para o bem

Nos últimos tempos, pesquisadores buscam dados através dos meios virtuais. O professor assistente de sociologia econômica Damon Centola, da Sloan School of Management do MIT, conduziu uma pesquisa com mais de 1.500 pessoas, no qual foi criado um fórum na web, com acesso a informações sobre saúde. Um grupo foi estruturado como um bairro residencial e o outro, sem nenhum vínculo. Conclusão: os participantes/vizinhos virtuais se mostraram mais dispostos a aderir aos debates e oferecer contribuições, pois viam seus “vizinhos” participando. Já o grupo da rede informal, não teve o mesmo desenvolvimento.
No mundo real, isso pode significar que o reforço social melhora – ou piora – hábitos de saúde, independentemente de quem os incentiva. No futuro, possivelmente as mídias sociais poderão ser aliadas na promoção da saúde para grandes populações.

SE CONHECER A SI MESMO É TÃO FÁCIL PORQUE É TÃO DIFÍCIL?PORQUE FAZER TANTO ESFORÇO?


SE CONHECER A SI MESMO É TÃO FÁCIL PORQUE É TÃO DIFÍCIL?PORQUE    FAZER TANTO  ESFORÇO? 
Deepak Chopra
Essa é uma pergunta básica que intriga muitos de nós e que não há um consenso sobre porque exatamente é (e/ou tem que ser) assim: se conhecer a si mesmo é tão fácil, porque é tão difícil? (“If knowing our self is so easy, why is it so hard?“). A alusão aqui é ao fato de que algumas escolas de sabedoria orientais professam que tudo o que precisamos ser ou saber já está aqui, que não precisamos fazer nada, apenas perceber isso. Há vários respostas e a citada abaixo é do conhecido médico endocrinologista e autor indiano Deepak Chopra (“Buda”, “Como Conhecer Deus”, “Saúde Perfeita”, etc), traduzida para o português do original em inglês como apareceu em seu site, feita por uma das pessoas que usam seu espaço “Ask Deepak“, dedicado a temas populares do caminho espiritual.
Pergunta:
Se na verdade é tão simples e descomplicado e nossa verdadeira natureza é a vibração mais forte que podemos viver, e o melhor de nós mesmos, e uma vez que a natureza, da maneira geral, se não sempre, sabe exatamente o que e como reagir para assegurar nossa perenidade, e uma vez que é nossa natureza, “porque Deus porque” nós temos que fazer esforço para voltar ao nosso verdadeiro Ser através de técnicas e exercícios? Por que nós nos distanciamos de nossa verdadeira natureza lá atrás se não for isso o melhor pra nós? É uma questão que não entendo. Já que tudo é tão lógico e simples, porque cometemos os erros que nos colocam em discórdia com nosso Ser original? Porque nós não somos todos iluminados desde o início? Sem a necessidade de trabalhar ou praticar ou buscar ou estudar etc?

Resposta de Deepak Chopra:
Se nós não tivéssemos livre arbítrio e fizéssemos escolhas míopes que então se tornassem hábitos e padrões de pensamento, então você estaria certa, nós não precisaríamos de direção para nos reconectarmos com nossa inteligência nativa. Mas temos livre arbítrio e tomamos decisões a partir de uma consciência limitada, e as consequências dessas ações nos levam a um condicionamento mental enraizado que tem aprisionado nosso ilimitado Ser. Por isso a meditação e outras práticas espirituais são uma maneira de nos reconectarmos com nossa fonte verdadeira, quebrando os laços com nossas barreiras psicológicas e nos despertando para o conhecimento de nossa verdadeira natureza (cuja presença latente tem estado aqui todo o tempo).

Com Amor,

Deepak

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Tudo por sexo


Tudo por sexo

O pisicólogo evolutivo Geoffrey Miller diz que a cultura humana surgiu da nossa necessidade de atrair parceiros sexuais.

Partindo do princípio de que a reprodução é o instinto básico em todos os seres, Miller acredita que a mente desenvolveu, durante a evolução, diferentes “estratégias reprodutivas”. Se os homens pré-históricos precisavam caçar animais para atrair suas parceiras, os modernos Homo sapiens compram iates ou escrevem sinfonias. A evolução também explicaria, por exemplo, por que os homens seriam mais promíscuos que as mulheres quanto ao sexo. “São diferentes estratégias reprodutivas”, diz Miller. “Enquanto as mulheres normalmente estão mais interessadas na qualidade de seus parceiros (segundo ele, pela necessidade de criar seus filhos), os homens geralmente são menos exigentes na escolha de quem levar para cama.” Antes de ser acusado de usar a ciência em prol do machismo, ele diz que essa situação muda quando o homem escolhe a mãe de seus filhos. “Aí ele se torna tão exigente quanto as mulheres”, diz Miller, que conversou com a Super sobre seu trabalho.
Super – O que é a psicologia evolutiva?
Ela tenta entender a natureza humana perguntando como nossos ancestrais sobreviveram e se reproduziram. Quanto melhor nós entendermos nossa evolução, melhor nós entenderemos nossos cérebros, nossas mentes e o comportamento moderno. A psicologia evolutiva procura compreender, por exemplo, por que buscamos status, achamos alguém sexualmente atraente, fazemos amigos, fofocamos e outras respostas para perguntas que tradicionalmente foram negligenciadas pela psicologia. O que estamos compreendendo agora é que boa parte do nosso comportamento é produzido por circuitos do cérebro que evoluíram, originalmente, para que os nossos ancestrais se tornassem sexualmente atrativos.

Ou seja, tudo tem uma base sexual?
Os comportamentos humanos evoluíram, sim, devido ao sexo. Mas isso não significa que hoje eles tenham uma conotação sexual. Os pássaros não cantam apenas para o acasalamento, mesmo que essa habilidade tenha tido originalmente essa função. Não deve ser à toa que nos interessamos por música, dança e humor depois da puberdade, no momento exato em que começamos a estar predispostos a atrair parceiros sexuais.

Em seu livro A Mente Seletiva, o senhor também trata das diferenças entre homens e mulheres quanto ao comportamento sexual.
Enfoco as semelhanças entre homens e mulheres, enquanto outros psicólogos evolucionistas normalmente prestam atenção nas diferenças. As diferenças são importantes, mas podem ser exageradas. Homens podem potencialmente ter muitos filhos com muitas mulheres. Mulheres podem somente ter, no máximo, cerca de uma dezena de filhos. Isso faria, portanto, que elas sejam mais interessadas na qualidade dos seus parceiros que na quantidade. Mas apesar de os homens, em geral, serem menos exigentes na escolha de suas parceiras, isso muda quando ele tem que escolher alguém com quem viver por muito tempo. Tornam-se quase tão exigentes quanto as mulheres. Isso não é comum na natureza, onde apenas a fêmea costuma ser exigente e o macho acasala com todas as fêmeas que pode conseguir.

O que torna uma pessoa interessante ou sexualmente atrativa?
Quando se trata de apaixonar-se, há muitas evidências de que nós nos importamos muito com a inteligência, a amabilidade, a criatividade e o senso de humor. Enquanto os animais focam basicamente a aparência física e um ritual de cortejo mais simples, estamos interessados também nos pensamentos e sentimentos dos nossos parceiros. É por isso que a seleção sexual gerou os pensamentos e sentimentos humanos. Preocupa-nos muito, por exemplo, se alguém é interessante para conversar. A maioria do cortejo humano é verbal, e eu calculo que os amantes trocam, em média, cerca de 1 milhão de palavras antes de manter relações sexuais que acabem em gravidez. Isso deu à seleção sexual enorme poder para formar a linguagem humana e qualquer outro meio para expressar emoções.

Além da linguagem, a “seleção sexual” também teria importante papel no desenvolvimento das artes plásticas, da música e da literatura?
Foi por isso que escrevi A Mente Seletiva. Acho que é importante reconhecer que todas essas manifestações do comportamento humano são relacionadas com exibir-se, como formas de conquistar status social e de atrair parceiros. Daí meu argumento de que tudo isso evoluiu, em parte, por conta da seleção sexual. Isso parece razoável porque a maioria das características mais bonitas e impressionantes dos seres vivos – as flores, a cauda do pavão, o som dos rouxinóis – é também fruto da seleção sexual. A teoria da seleção sexual diz que somos atraídos pelos trabalhos artísticos mais difíceis e custosos de fazer, em termos de tempo, energia e capacidade. Acredito que isso define boa parte das nossas preferências estéticas. Nosso senso de belo na arte evoluiu para que pudéssemos escolher os artistas mais talentosos como parceiros sexuais. Há exemplos disso acontecendo em outras espécies. Há pássaros na Austrália que constroem ninhos com pedras e conchas. As fêmeas passam, fazem uma inspeção de cada ninho e acasalam com o macho que construiu o ninho mais bonito. Assim, os genes para construir ninhos bonitos espalharam-se através dessa espécie de pássaros. Meu livro tenta entender como algumas das aptidões que mais valorizamos, como a arte, surgiram de maneira similar.

O que, no comportamento humano, poderia ser determinado pela seleção sexual?
A seleção sexual determinou nossa necessidade de status, prestígio e respeito social. Status não é tão útil para a sobrevivência, mas é muito importante para a reprodução. Quando competimos no local de trabalho, nós estamos buscando status do mesmo jeito que nossos ancestrais tentaram alcançar status sendo bons caçadores ou contadores de histórias. Ou seja: estamos sempre atuando para impressionar e atrair parceiros sexuais. Nossa cultura não está separada da nossa evolução biológica.

O senhor acredita que sua teoria poderia ajudar outras ciências humanas. Para a economia, por exemplo, qual seria a contribuição dela?
Muitos aspectos importantes da economia não são explicados muito bem pelos economistas. Eles não conseguiram explicar, por exemplo, por que compramos artigos de luxo ou por que trabalhamos para ganhar mais do que precisamos para sobreviver. Todos esses fenômenos são resultado da seleção sexual. Em economias modernas, nós não adquirimos status caçando animais ou alegando ter poderes espirituais, mas por meio da ascensão profissional. Isso explica, também, por que os homens são mais ambiciosos financeiramente que as mulheres – afinal, eles são propensos a ter mais parceiras. Nós não somos conscientes de tudo isso, claro, mas a maioria de nós se comporta exatamente de acordo com a teoria de Darwin.
Se sua teoria baseia-se no instinto de reprodução, como o senhor explicaria a homossexualidade?
Eu não tenho uma explicação para a homossexualidade. Ela ainda é um mistério do ponto de vista evolutivo e, até onde eu sei, ninguém tem uma explicação satisfatória.

Geoffrey Miller

• Professor Assistente de Psicologia Evolutiva da Universidade do Novo México, em Albuquerque, Estados Unidos.
• Tem 37 anos, é autor do livro A Mente Seletiva, em que propõe que a cultura humana surgiu da necessidade que temos de atrair parceiros sexuais.
• Quando não está ensinando, gosta de pintar, esquiar e andar de bicicleta.

Frase

"A homossexualidade ainda é um mistério do ponto de vista evolutivo"

Estudo sugere motivo de algumas pessoas ficarem agressivas quando bebem


Estudo sugere motivo de algumas pessoas ficarem agressivas quando bebem

Ana Carolina Prado
Quando bebem, uns ficam agitados, outros choram, outros dançam em cima do balcão, outros amam todo mundo. Mas algumas pessoas ficam muito agressivas e acabam constituindo um risco para si mesmas e os outros. Por que isso acontece? Segundo um estudo americano, o que vai determinar se a pessoa ficará agressiva ou não é a existência de um traço específico da personalidade: a capacidade de considerar as consequências das suas ações.
O estudo envolveu 495 adultos, com idade média de 23 anos, que costumavam beber socialmente. Antes de participar, os voluntários foram testados para ter certeza de que não tinham problemas psiquiátricos ou envolvendo dependência de qualquer droga. E todos eles completaram uma “escala de consideração às consequências de suas ações”, indicando o quanto concordavam com afirmações como “eu só ajo para satisfazer interesses imediatos, o futuro cuidará de si mesmo.” As pontuações obtidas aí determinavam o quanto os participantes estavam focados no presente ou no futuro.
O resultado (publicado no Journal of Experimental Social Psychology) mostrou que as pessoas que se concentram demais no aqui e agora, sem pensar no impacto de suas ações sobre o futuro, são mais agressivas do que outras quando estão sóbrias, mas o efeito é ampliado enormemente quando estão bêbadas.
Segundo Brad Bushman, principal autor do estudo e professor de comunicação e psicologia na Universidade do Estado de Ohio, o álcool tem um “efeito míope” que restringe a atenção para o que é importante para a pessoa agora – e isso pode ser perigoso para alguém que já tenha a tendência de ignorar as consequências de suas ações e que são colocadas em uma situação hostil
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