domingo, 26 de agosto de 2012

Grafologia

 
 
A Grafologia é uma pseudociência que utiliza a análise da escrita para inferir sobre trações de personalidade. A palavra é por vezes usada incorretamente para se referir à análise forense de documentos. Neste caso o termo correcto seria grafotécnico ou grafoscopia.

Apesar de estudos científicos comprovarem sua ineficácia, milhares de empresas usaram a grafologia nos últimos anos, por exemplo, para selecção de candidatos.
O modo de escrever pode dizer muito sobre uma pessoa. O ponto sobre a letra I, a forma como ela corta o T, espaçamentos, inclinações e pressão na escrita, entre outros detalhes, revelam características da personalidade do autor das palavras analisadas. E isso não tem nada a ver com adivinhação ou esoterismo. A grafologia é pura ciência, fundamentada no século 19 e vastamente utilizada em países como os Estados Unidos e na Europa, tanto na esfera forense como na selecção de candidatos a vagas de trabalho. "A simples análise da letra manuscrita pode fornecer indícios de virtudes e defeitos de alguém", afirma o grafólogo Paulo Sérgio de Camargo.

Ao aprender a ler e a escrever, as crianças têm caligrafia parecida. Com o passar do tempo, entretanto, a partir dos 7 ou 8 anos, passam a colocar a personalidade em seus traços. A forma de escrever está continuamente em mudança, mas as características que determinam a personalidade permanecem. Isso porque a escrita é uma representação cerebral e não apenas motora. "Como é um gesto cerebral, ela passa pela área das emoções. Então, as condições físicas, mentais e biológicas vão aparecer na forma de escrever", explica Camargo.

O grafólogo analisa o movimento, o traço, o espaço e a forma, integrando esses quatro elementos entre si para chegar a uma conclusão. Há uma avaliação minuciosa de aspectos, como a inclinação das letras, a distância entre as palavras e o cuidado com a pontuação. O desenho de cada letra também é levado em conta. "Um texto manuscrito contém uma incrível riqueza de informações para quem consegue interpretá-lo. Cada detalhe, seja ele um simples traço mais fino ou grosso, é importante para traçar a personalidade e o temperamento da pessoa", diz Camargo. Trocando em miúdos, a partir de tarefas aparentemente simples, é possível avaliar características como agressividade, honestidade, capacidade de liderança e criatividade.

Segundo Camargo, a técnica auxilia na definição de doenças como hipocondria, paranoia, esquizofrenia, alcoolismo, males de Alzheimer e de Parkinson, entre outras. Porém, ele enfatiza que a técnica pode ser mais uma ferramenta nesse diagnóstico. "A grafopatologia deve ser encarada com extrema cautela. O grafólogo não realiza diagnóstico, excepto se for médico qualificado para isso. Mesmo assim, deve recorrer a outros instrumentos para confirmar a patologia." Certas pessoas dizem que são capazes até de perceber se uma mulher está grávida pela escrita.

O primeiro estudo científico sobre a grafologia foi feito na Universidade da Sorbone, na França, pelo pedagogo e psicólogo francês Alfred Binet. Ele analisou textos manuscritos de pessoas normais e outras com problemas mentais, buscando medir o grau de inteligência. Depois, mandou as escritas para diversos grafólogos na França. O resultado foi que 80% das análises batiam com as avaliações de Binet.
A característica que mais chama atenção do grafólogo é a variação da pressão. A escrita é apoiada quando o escritor acentua a pressão no gesto de adução (que vai da direita para a esquerda) ou abdução (que vai da esquerda para direita).
Quando na letra P, o traço sobe acima da zona média, este individuo mostra necessidade de agir e actuar de forma independente. Sofrimento em posições subalternas.



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