quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A empatia e o reconhecimento de expressões faciais


A empatia e o reconhecimento de expressões faciais  

       

Você sabia que em um estudo realizado por Simon Baron-Cohen, na Universidade de Cambridge, foram elencadas 412 diferentes expressões faciais possíveis ao ser humano?  Imagine a habilidade - quase  como a de um computador -, de olhar, decifrar a mensagem e identificar os sentimentos ligados à expressão.
Isso tudo serve para compreendermos melhor o mundo ao nosso redor e, mais ainda, nos ajuda a emitir uma resposta social adequada ao contexto e de forma eficiente.
Charles Darwin (2000) foi pioneiro em relacionar as expressões faciais com a evolução do homem, como sendo o rosto um indicativo social fundamental para a sobrevivência. Publicado originalmente em 1872, o livro “The Expressions of the Emotions in Man and Animals” ressalta a existência de um processo evolutivo também para as expressões faciais. Ele observou que o ser humano era o único animal que utilizava expressões faciais para se relacionar com seu grupo. Quanto melhor e mais rapidamente reconhecia a expressão e respondia a elas, mais se adaptava ao processo que chamamos de seleção natural, no qual os mais fortes sobrevivem.
Nas corporações, quanto melhor for seu relacionamento com colegas, superiores e subordinados, maior será sua chance de “sobrevivência”. Ao se relacionar bem com os colegas, desenvolvemos a “empatia”. Ou seja, a habilidade de se colocar no lugar do outro para compreendê-lo e, assim, interagir de modo mais adequado e eficiente com ele.
Paul Ekman (1999), atual consultor do seriado americano “Lie to me”, aprofundou estes estudos, preconizando que existiriam emoções básicas universais e transculturais. Ou seja, que não precisariam ser ensinadas e que não variavam entre os grupos sociais diversos. Essas emoções básicas eram: raiva, alegria, tristeza, nojo e surpresa. Ou seja, seriam inatas na natureza humana e, por isso, se repetiriam em todas as pessoas, independentemente da cultura, do país, da raça ou dos aprendizados que tiveram. Elas independem do contexto para serem compreendidas. Você simplesmente olha e percebe que a pessoa está triste, independente da causa (contexto).
Há outras expressões, consideradas expressões faciais complexas, como: vergonha, ironia, etc. Já estas, precisam de mais pistas para ser identificadas, variando de cultura para cultura.
No dia a dia é importante ser simpático com a equipe e com os colaboradores, mas ser empático é fundamental para que se possa responder adequadamente ao estado emocional do seu interlocutor, mantendo um bom clima organizacional.
A boa notícia é que, como a empatia é uma Habilidade Cognitiva, ou seja , um processo mental como a atenção, memória ou a linguagem, ela pode ser treinada, melhorada e, enfim, aperfeiçoada. A receita é simples: use o olho no olho com quem convive com você, mantenha o foco nas pistas verbais e não verbais que a pessoa transmite e, assim, você será cada vez mais empático.
Lembre-se de Darwin, pois os mais adaptados sobreviverão ao mercado e à competição!!

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