Artigos de Programação Neurolingüística:
Habilidades: Como desenvolvê-las?
"A melhor maneira de fracassar é tentar enganar a si mesmo sobre suas fragilidades.
O que já é um fracasso em si."
O que já é um fracasso em si."
Aguilar Pinheiro
Nesta conversa com Aguilar Pinheiro, ele nos conta que: Durante muitos anos experimentei em mim as técnicas da Programação Neurolinguística - PNL e docoaching. Graças a isso, hoje falo para você sobre minha experiência como profissional da área comportamental.
Participo de inúmeros eventos, palestras, congressos, seminários, cursos e treinamentos empresariais. Em praticamente todos os eventos rápidos (palestras, seminários, congressos) é comum ouvir dos participantes coisas como:
Este evento seria ótimo para minha mulher; meu marido deveria estar aqui; Gente, porque meu chefe não veio para este treinamento?; Vou recomendar que toda a minha equipe participe de um treinamento com você. Etc., etc., etc...
Querer que o outro mude é fácil de imaginar e de se esperar. Mas, acredite, impossível de realizar. O outro e o mundo só mudam se você mudar. Quer mudar sua mulher, seu marido, seu chefe, sua equipe? A solução é uma só: comece mudando a si mesmo!
Portanto, sempre digo: Habilidades são estratégias. Dependem de duas coisas básicas, do querer e do saber. Você quer mudar? E para que quer mudar?
Leia abaixo as respostas do autor sobre os motivos que o levaram a escrever o livro Continuum - Habilidades essenciais para se dar bem na vida e na carreira.
News Asbrapa - NA: Aguilar, você conta, no livro, um pouco de sua história, agora acaba de dizer que utiliza em si as técnicas com as quais trabalha e dá a entender que você também possui limitações, é isso mesmo?
Aguilar Pinheiro: Toda analogia feita entre o ser humano e qualquer outra coisa é imprópria. Isso porque somos complexos demais para sermos comparados com outros organismos e coisas. Porém, tendo isso como resalva, pense em você numa boa estrada, acelerando seu carro e de repente você pisa na embreagem e procura pela sexta marcha e, surpresa, ela não existe. Comigo acontece a mesma coisa, preciso de alguns recursos em determinadas circunstâncias e eles não estão lá. O que fazer? Usar o que tenho e depois desenvolver aquilo que faltou. Por falar nisso, alguns modelos de automóveis já possuem a sexta marcha..
NA: No livro você afirma isso quando diz ao leitor que pode parecer que o que você ensina, no livro, aconteça com você como mágica. Mas não é bem assim. Diz. Existe esse negócio de mágica ou de sorte?
AP: Não. Não existem mágicas, existem truques que dão ao espectador a percepção de mágica, de ilusionismo. Mas tudo é técnica. Fiz um pequeno curso de mágica e descobri como me decepcionar. Depois que você aprende a fazer a mágica ela perde a graça, enquanto mágica, mas o interessante é que lhe dá a grandeza de fazer parte da ilusão dos que parecem ser mágicos. Sorte é outra coisa interessante que só faz sentido para quem está preparado. Você poderia dizer que Stive Jobs e Bill Gates deram sorte, que Silvio Santos, Pelé, Guga, Alexandre Tadeu e Eike Batista também. Mas a sorte é apenas um dos componentes da oportunidade. Fazer com que esta dê resultado é o ingrediente definitivo da preparação.
NA: E quem ganha na loteria, não é sorte?
AP: Não. É estatística matemática. Mas mesmo assim exigiu certa dose de preparação, fazer o jogo e pagar por ele. Sua pergunta é muito boa, pois enseja a confirmação do que eu disse acima. Se você procurar por estatística de ganhadores de grandes prêmios descobrirá que a maioria fracassou enquanto administrador daquelas fortunas. Isso em toda parte do mundo. Sabe por quê? Porque faltou aos sortudos a habilidade de gerir suas fortunas, as habilidades emocionais e outras mais. É disso que falo no livro.
NA: Então o que são habilidades. Você lista aos oito habilidades essenciais no livro, não é?
AP: Sim. Listo os oito grupos de habilidades essenciais e dou uma direção para que a pessoa consiga desenvolvê-las. Pense numa receita culinária qualquer. Ela possui duas áreas importantes que chamarei de colunas. Na coluna um há a lista de ingredientes e na coluna dois o modo de fazer. Ambas são importantes. Mas, o que realmente fará o prato será a capacidade da pessoa em seguir os passos propostos e com as quantidades e a ordem exata dos ingredientes. Mesmo assim, dez pessoas fazendo a mesma receita darão dez pratos ligeiramente diferentes. A isso se dá o nome de toque pessoal. Alguns dos cozinheiros farão verdadeiras delícias e outros não conseguirão comer o que prepararam... Quase todo mundo conhece alguém que frequentou a autoescola, tirou carteira de habilitação e não consegue dirigir. A pessoa possui o comportamento, sabe todas s etapas sobre dirigir, mas não possui a habilidade para colocar o comportamento em ação. É isso.
NA: Isso é o que, uns possuem talento e outros não?
AP: Talento não existe como parte do DNA da pessoa. Isso também é ilusão. Quantas pessoas da família do Ivo Pitangui ou do Oscar Niemayer você conhece e que tem talento parecido com o deles? Voltemos ao processo da preparação. O Livro relaciona oito grupos de habilidades essenciais. São elas: Propósito, ou seja, o que você quer, qual seu grande objetivo de vida, que legado vai deixar?; Assertividade, significa você ser capaz de estruturar isso em termos de um projeto, mesmo que só em sua cabeça, mas deve ser claro o bastante para fazer parte do propósito; Comunicação, sem ela funcionando de modo objetivo e claro você não vai longe; Energia Pessoal, você deve ter isso como uma chama, pessoas de sucesso atraem outras e isso cria o magnetismo funcional. Do mesmo modo pessoas fracassadas atraem outras e vivem compartilhando lamúrias; Liderança, significa envolver outras pessoas, engajar seguidores, os exemplos que mencionei são claros em tudo isso!; Disciplina, é o mantra que faz com que você coloque as outras coisas para funcionar; Traquejo social, significa sua capacidade de lidar com todos os tipos de pessoas e em todos os contextos que sejam interessantes para você e para essas pessoas; Fazer acontecer, significa sair da lista dos ingredientes e colocar a mão na massa.
NA: O livro fala que é preciso ir além da leitura e propõe algumas atividades. E se a pessoa não fizer essas atividades?
AP: Terá sido uma escolha dela e toda escolha leva a consequências. Você não consegue colher sem plantar e cuidar da plantação. Ler livros não muda ninguém sem a ação. Mesmo que seja um livro sobre receitas de bolo. Você tem que fazer acontecer ou o que vai acontecer é que você verá os outros fazendo acontecer e você dizendo que eles são sortudos. Ou o pior, que você é azarado.
AP: Terá sido uma escolha dela e toda escolha leva a consequências. Você não consegue colher sem plantar e cuidar da plantação. Ler livros não muda ninguém sem a ação. Mesmo que seja um livro sobre receitas de bolo. Você tem que fazer acontecer ou o que vai acontecer é que você verá os outros fazendo acontecer e você dizendo que eles são sortudos. Ou o pior, que você é azarado.
NA: Seu livro é um livro com viés de desenvolvimento profissional, mas ressalva na auto ajuda...
AP: Essa pergunta é maliciosa. O que é autoajuda? Parece algo ruim, imoral e até mesmo incompatível com pessoas inteligentes. Fico olhando as pessoas com livros sobre direito constitucional, filosofia, administração, medicina e me pergunto: a quem essas pessoas estão ajudando ao ler esses livros? Você está lendo algum livro da sua área, jornalismo, relações públicas ou algo assim e que será útil para você desenvolver melhor a sua profissão?
NA: Sim?
AP: Se você sair da assessoria de imprensa em que trabalha e for embora para outro veículo ou assessoria, com quem terá ficado o aprendizado extraído desse livro?
AP: Se você sair da assessoria de imprensa em que trabalha e for embora para outro veículo ou assessoria, com quem terá ficado o aprendizado extraído desse livro?
NA: Comigo, com certeza.
AP: Pois é. Estou lendo alguns livros sobre neuroanatomia, neurociência do comportamento, neurofisiologia e coisas relacionadas ao funcionamento do sistema nervoso e adoro esses livros de autoajuda. Eles fazem com que eu me torne uma pessoa melhor. O que é ruim na autoajuda, no direito, na medicina, na matemática não é a categoria do livro, mas sim a intenção do autor. Quando escrevi o livro não pensei em simplesmente ganhar dinheiro. Mas, principalmente em oferecer algo de valor para o leitor. Se conseguir isso, terei feito a minha parte e este leitor terá se ajudado a ser uma pessoa melhor.
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