sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O valor da Terapia/Análise

O valor da Terapia/Análise


Pense bem… Quando você está conversando com alguém – um/a grande amigo/a, seus pais ou qualquer pessoa de confiança – desabafando sobre algum assunto que lhe incomoda, você realmente fala tudo o que lhe vem à mente? Você está de fato entrando em contato com sua essência através da fala? Você se expressa sem maquiar as palavras que escolhe usar? Eu me arrisco a dizer que não. Se empreendendo em um trabalho de Terapia/Análise você aprende a entrar em contato com essa essência, você começa um processo de autoconhecimento no qual você só tem a ganhar.

Mas o que diabos se passa aqui?
Quantos pensamentos – bons, ruins, neutros ou enigmáticos – invadem sua mente a todos os momentos do dia? Impossível contabilizar. Agora imagine se você pudesse tirar 40 minutos de um dia na semana APENAS para tratar de parte destes pensamentos – a princípio – aleatórios e sem muito sentido? Cabe lembrar que 40 minutos se dedicando a entrar em si mesmo é muito tempo frente a uma rotina que te distancia do seu “eu”. Imagine que você pudesse estar com um/a profissional que está apto/a a escutar tudo e qualquer coisa que você está dizendo sem lhe julgar? Alguém que vá escutar todas aquelas coisas que parecem impossíveis admitir até para você mesmo? Sem falar naqueles sonhos bizarros, horríveis ou constrangedores que nos fazem tentar reprimi-los a qualquer custo. Você pode discuti-los e significá-los em Terapia/Análise, pois, acredite, eles têm significado. Digo, por experiência própria, que externar, verbalizar, significar sua vida intra-psíquica o ajuda a organizar tudo o que está se passando do lado de dentro. Sem falar no alívio de ser ouvido em sua essência. Aliviar a pressão interna já é um grande passo para uma vida melhor.
Apesar do espaço e respeito que a Psicologia ganhou em meio à sociedade nos últimos anos, a visão que muitas pessoas ainda têm da mesma não é muito favorável, infelizmente. Existe muito preconceito infundado: “Você faz psicólogo? Cê é doido!”… “E eu lá vou pagar pra ficar conversando com alguém? Vai me ajudar em quê?”… Já outros têm vergonha absoluta de serem “pegos” em terapia/análise! Parecem pensar: “Meu deus! As pessoas não podem saber que tenho problemas na vida! Eu aguento sozinho! Não sou doido!”. Afirmo isso, pois não foi somente uma pessoa que veio até mim conversar sobre isso ou apenas me contar que havia iniciado um processo terapêutico/analítico. Que bom para elas.
[Aliás, em minha opinião, a tênue linha entre normalidade e loucura pode nem existir.]
Vou ser sincero. Quando comecei o curso de Psicologia eu mesmo não sabia o valor da Terapia/Análise, o que é um paradoxo mais comum do que gostaríamos na universidade. Desdenhava da mesma dizendo que eu mesmo conseguiria lidar com meus próprios problemas. Pura balela. Não fazia a mínima ideia do que estava falando. Mas graças às circunstâncias da vida e ao próprio curso eu corrigi essa atitude.
Por enquanto só falei bem da Terapia/Análise. Existem pontos negativos? Bem, acredito que de negativo mesmo só o pensamento de que você pode estar “perdendo dinheiro”. Amiga/o, não se engane, isso é um investimento. Pode ser que no início você veja obstáculos ou tenha que procurar outro/a terapeuta/analista com o/a qual você se identifique mais, mas persista.Conhecer a si mesmo é para quem se esforça.
Devo colocar também – mesmo que superficialmente – que você não deve se assustar caso as queixas com as quais você tenha chegado ao consultório tenham se intensificado. Isso pode fazer parte do processo. Às vezes é melhor derrubar a casa e fazer uma nova do que ficar fazendo remendos. Adianto também que Psicólogas/os não dão conselhos propriamente ditos. Pense nele/a como uma ferramenta que o/a irá ajudar a construir seu próprio raciocínio. Uma ferramenta que vai fazer intervenções precisas e no tempo certo a partir de técnicas psicológicas para lhe provocar a reflexão. Alguém que pode lhe apontar coisas que antes nunca foram percebidas.
Estaria eu dizendo que você tem que fazer Terapia/Análise de qualquer maneira e de preferência que comece esta semana? Não. Mas pense nisso. Pode lhe ser de imensurável ajuda. Pode lhe proporcionar não a felicidade propriamente dita, mas a condição de “não sofrer com o desnecessário”. Todos sabem o quanto sofremos com bobagens.

Adrienne Lucas
Psicoterapeuta cognitivo comportamental/sistêmica
Tel: (31) 25113013/(31) 97597949

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