domingo, 14 de abril de 2013

Inteligente ou Motivado?


Inteligente ou Motivado?

Vivemos em um mundo globalizado, real e até mesmo virtual, onde a velocidade das informações e os compromissos rotineiros nos atordoam diariamente. Seria valioso que extraíssemos das 24 horas do dia alguns minutos para observarmos dois animais: O gato e o cachorro.
O gato é um animal considerado inteligente. Dizem alguns que ele possui “sete vidas”. Mas, a questão não é essa. Observando este animal, constatei que ele é um ser desconfiado, observador, arisco em determinadas situações, criterioso e até mesmo minucioso (detalhista). Seu banho é longo, demorado e executado por si mesmo. Precisa também ter seu espaço físico e até mesmo o seu momento de refeição, torna-se uma hora sagrada para que nada suje seus bigodes. No momento em que ele parte para suas eventuais caçadas é que mensuramos que este animal é um verdadeiro especialista naquilo que faz.
O cachorro é um animal considerado motivado. Dizem alguns que é o melhor amigo do homem. Mas, a questão também não é essa. Observando este animal constata-se que ele é um ser confiante, “dócil” e até mesmo destinado a ser guia de cegos. Suas ações são livres e sem critério algum, basta jogar a bolinha várias vezes e, sem nenhuma demonstração de medo, cansaço ou desânimo, ele vai pegar para você. Muitas vezes a presença de uma visita em casa é motivo de latidos e correrias para que os visitantes se sintam à vontade e bem acolhidos. Logo, pode-se dizer que ele é um generalista, tentando agradar a todos de todas as formas, para dizer àqueles que estão à sua volta: “Ei estou aqui!”.
Parece engraçado, mas esta é uma analogia real. Às vezes, queremos transmitir aos outros alegria, dinamismo e garra (como o cachorro), mas não sabemos como fazer. Por isso, passamos a agir como pessoas desconfiadas, criteriosas e até mesmo soberbas, apesar da inteligência (como o gato); estando totalmente fechados para evolução da nossa própria performance e atuais tendências que estão ao nosso derredor a cada dia. Essa realidade limita a nossa capacidade e nos deixa “aleijados” profissionalmente; pois só chegamos à plenitude corrigindo os erros e entendendo que dependemos dele, também para nos aprimorar como profissionais capacitados.
Finalmente, como agentes de modificação, devemos ser verdadeiros especialistas-generalistas. Nos especializando cada vez mais em nossa área de atuação, em busca de treinamento (conhecendo o novo), de aprimoramento (aparando as arestas do que já sabemos), ou até mesmo de reciclagem (acompanhar as tendências, as evoluções, ser sabedor do que o mercado exige). Será que poderíamos nos considerar “inteligentes” por chegarmos a conclusão de mais um curso (extensão, aperfeiçoamento, superior) ou “motivados” a aprender coisas novas e saber que ainda pouco sabemos?
Vamos à luta!

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